O Lance Polêmico
Na partida entre Brasil e Turquia na VNL Feminina 2025, um lance incomum chamou atenção. A capitã Gabi Guimarães venceu o “cara ou coroa” (sorteio inicial). Ela escolheu o mando de quadra (direito de começar no seu lado preferido). Contudo, o árbitro italiano negou seu pedido. Isto gerou confusão instantânea e debates acalorados entre torcedores e especialistas. Por que essa decisão ocorreu?
A Regra Específica (Artigo 7.2.1)
A resposta está no Regulamento Oficial da FIVB (Federação Internacional de Voleibol). O Artigo 7.2.1 é claro. O vencedor do sorteio faz sua escolha entre duas opções:
- Sacar ou Receber o primeiro saque.
- Lado da Quadra onde iniciará o primeiro set.
Gabi tentou escolher o lado da quadra primeiro. Porém, a regra exige que o vencedor declare imediatamente qual opção deseja. O árbitro interpretou que Gabi precisava escolher entre as opções, não qual opção seria exercida primeiro. Seu pedido direto pelo lado foi considerado fora da sequência regulamentar. ([Link Interno: Regras Completas da FIVB])
A Reação Imediata e a Explicação do Árbitro
Imagens mostraram Gabi visivelmente surpresa. O técnico brasileiro José Roberto Guimarães (Zé Roberto) questionou a decisão junto à mesa. O árbitro italiano explicou rapidamente o fundamento legal. Ele reiterou: o vencedor do sorteio deve optar ou pelo saque/recepção ou pelo lado da quadra. Não pode priorizar o lado sem antes fazer essa escolha binária. Após a negativa, Gabi escolheu oficialmente o lado da quadra, cedendo o primeiro saque à Turquia.
Por Que a Confusão? Contexto e Percepção
- Precedente Tácito: Muitas vezes, capitães verbalizam rapidamente “quadra” ou “saque”. A negativa formal é incomum para o padrão histórico.
- Comunicação: A linguagem técnica (inglês) pode gerar mal-entendidos momentâneos.
- Pressão do Momento: Decisões rápidas em jogos de alto nível aumentam tensões.
- Visibilidade da Escolha: Optar pelo lado é visualmente mais impactante que escolher sacar/receber.
Repercussão e Análise Técnica
O caso viralizou nas redes sociais. Torcedores brasileiros criticaram o rigor do árbitro. Especialistas debateram a aplicação literal da regra versus o espírito do jogo. A maioria concorda:
- O árbitro agiu tecnicamente correto, seguindo a letra da lei (Artigo 7.2.1).
- A aplicação foi rígida, porém dentro do seu direito.
- O episódio destaca a necessidade de clareza extrema na comunicação entre capitães e arbitragem.
Conclusão: Rigor Regulamentar
A negação do pedido de Gabi Guimarães não foi um erro arbitral. Foi uma aplicação estrita do Artigo 7.2.1 das Regras da FIVB. O árbitro italiano priorizou a precisão técnica sobre a fluidez do momento. O caso serve como lembrete: até os menores detalhes do regulamento são cruciais no voleibol de elite. Embora polêmica, a decisão fundamentou-se nas regras que governam a VNL Feminina 2025. O jogo continuou com o Brasil adaptando-se à situação imposta.